Gala do LII Festival Nacional de Exaltación del Botillo, uma apologia das aldeias de Bembibre

A Gala do LII Festival Nacional de Exaltação do Botillo de Bembibre tornou-se numa permanente apologia das nossas aldeias e lugarejos. Partindo do tema da Semana Cultural e do fio condutor do evento, que foram os Conselhos de Bairro do Município, a própria anfitriã, a jornalista e escritora Sonsoles Ónega piscou o olho à importância de viver em pequenas localidades como qualquer uma das que fazem parte de Bembibre. Soraya Arnelas também terminou a sua canção “Mi mundo sin ti” com um convite muito claro: “Por mim podes ir à aldeia”.

Este ano, o Festival contou com uma oradora de alto nível. Tanto pela sua faceta pessoal e profissional como pela qualidade do seu discurso em que não faltou nada: uma homenagem a Bembibre (foi esta a sua introdução), às suas gentes, aos seus sectores profissionais, aos mineiros e às mulheres, entre muitos outros. Com a proposta de “sacralizar” a nossa salsicha ou o pedido para que a presidente da câmara, Silvia Cao, promova um Pacto Botillo e que ninguém fique sem convite, desde Sánchez, Yolanda Díaz, Puigdemont e até Donald Trump ou Putin. Até pode enviar um botillo para o Vaticano para ajudar o Papa com os seus problemas de saúde.

Com Sonsoles Ónega, chega a Bembibre a filha do homem que tinha sido o principal orador em 1995, há 30 anos.

A presença e a importância das pedanías estiveram presentes em toda a Gala, mas Belén Martín, Conselheira para a Cultura, Comércio, Turismo e Festas, apresentou um discurso com uma clara defesa da vida das aldeias, sem esquecer nenhuma delas nem o incomensurável trabalho realizado pelos pedáneos, outros protagonistas excepcionais desta Festa.

Também Sonsoles Ónega pediu às pessoas que “não se deixem seduzir pelas cidades, onde vive a epidemia do nosso século: a solidão”.

E, num evento desta magnitude, a presidente da Câmara, Sílvia Cao, não se esqueceu de lembrar a importância de uma data tão significativa para o que significa para os pequenos municípios. O evento “que ninguém quer perder” e que não consiste apenas no evento e na degustação do botillo, mas que é complementado pela semana cultural, a Feira Agroalimentar e o Festival de Tapas Botillo.

Outra das protagonistas, numa gala com uma clara presença feminina, a cantora Soraya Arnelas fez uma revisão das suas canções mais representativas. Canções que o público já conhecia ao acompanhá-la na sua atuação, que completou com um medley de canções de outros artistas de relevância internacional que puseram o público a mexer.

Não faltou a sua lendária canção “Mi mundo sin ti” (O meu mundo sem ti). A artista começou por pedir uma pequena alteração numa parte da canção, quando diz “por mí te puedes ir al cuerno” para “por mí te puedes ir al pueblo…”.

Durante o evento, foi mencionada a vencedora do concurso literário, a ponferradina Belén Ovalle, presente no evento. Para além da anterior receção na Câmara Municipal, o Botillo Festival e a Casa de León de Astúrias, com sede em Gijón, assinaram o protocolo de geminação que incluirá a promoção de actividades de ambas as instituições. O presidente da Casa de León, José María Fernández Chimeno, participou na cerimónia.

A gala foi apresentada pelos comunicadores do Bierzo Javier Domingos e Vanessa Silván.

No final, mais de 1.500 assistentes provaram o enchido em mais um dos momentos mais representativos do Festival Nacional de Exaltación del Botillo. Para encerrar o festival, a tenda que faz parte do recinto deu o tom musical com uma festa em grande estilo e actuações das orquestras Grupo Beatriz e Assia.

 

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